Mastite é uma inflamação da mama. Ocorre com frequência em mulheres no período de amamentação, denominada mastite puerperal. A inflamação pode também se desenvolver em qualquer fase da vida da mulher, em consequência da entrada de bactérias na mama, através de fissuras no mamilo.
A mastite puerperal normalmente ocorre nos três primeiros meses de amamentação e está relacionada ao entupimento dos canais por onde passa o leite, devido à obstrução de um dos dutos da mama ou por não esvaziamento completo durante o aleitamento. Os sintomas da mastite aparecem geralmente em uma das mamas, mas se a outra mama ficar excessivamente cheia, o problema pode atingi-la também.
Dentre os principais sintomas da mastite puerperal estão o endurecimento da mama, também conhecido como leite empedrado, vermelhidão local, dor, cansaço, calafrios e febre, geralmente acima de 38ºC.
Os sintomas iniciam de maneira branda, com o endurecimento de uma área da mama, o que indica retenção de leite no duto, aparecendo, na sequência, dor e vermelhidão no local. O não desentupimento do duto da mama pode causar a inflamação, seguida da infecção e de seus sinais indicativos, como febre alta, calafrios e cansaço excessivo. Se não houver tratamento adequado, o quadro pode evoluir, necessitando internação hospitalar.
O tratamento para mastite deve ser iniciado assim que aparecerem os primeiros sintomas, com descanso, ingestão de muito líquido e massagens, compressas e banhos quentes, que ajudam na descida do leite. No início do problema, o esvaziamento correto da mama pela amamentação ou a retirada manual do leito ou com auxílio da bomba podem garantir o controle da mastite, evitando o desenvolvimento de bactérias no tecido inflamado, causadoras da infecção e piora do quadro.
Com o agravamento da mastite, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados para aliviar a dor e diminuir a inflamação. Quando há febre alta, mal-estar ou cansaço excessivo, é comum a prescrição de antibióticos para combater a infecção, em tratamento que pode durar de uma a duas semanas. Os antibióticos mais usados são normalmente os considerados seguros para o período de amamentação, não causando prejuízos ao bebê.
Amamentar de maneira correta é a melhor maneira de prevenir a mastite puerperal. Uma mama por vez deve ser oferecida ao bebê, passando-se para a outra apenas após a primeira ter sido esvaziada pelo bebê.
O uso de roupas folgadas de algodão também é recomendado, evitando-se pressionar as mamas e o desenvolvimento de bactérias.
Muitas mães, devido à dor e ao cansaço que experimentam quando têm mastite, e também por acreditarem que o leite da mama inflamada pode fazer mal ao bebê por estar contaminado, interrompem o aleitamento materno. Isso só aumenta o endurecimento da mama e a proliferação das bactérias e, portanto, não deve ser feito. Quanto à contaminação do bebê, é importante lembrar que o leite materno é rico em anticorpos necessários para a imunização do bebê e não deve parar de ser fornecido, além de que a acidez do estômago do bebê pode eliminar as bactérias e toxinas eventualmente ingeridas. Então, mesmo com mastite puerperal, deve-se continuar amamentando.
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