A ciência demonstra que o desenvolvimento na primeira infância é fortalecido pela existência de bons relacionamentos entre o adulto e a criança e que o vínculo é um elemento fundamental nesse processo.
Quando mãe, pai e/ou um adulto de referência compreendem, interpretam e respondem com carinho e sensibilidade às manifestações da criança (fome, frio, calor, desamparo, prazer etc.), o vínculo vai se formando. A criança percebe que existe uma base segura na qual pode confiar e se sente confortável, aceita e protegida. Esse conjunto de sensações, sentimentos e atitudes vai além dos cuidados físicos. É um elo invisível que se estabelece aos poucos e faz grande diferença no desenvolvimento.
O desenvolvimento integral é a base para toda a vida.
1 - Vínculos seguros
A interação com o adulto ajuda a criança a regular suas emoções em situações de estresse, a explorar o mundo com confiança e a aprender a se comunicar. Crianças que são apoiadas pela escuta e pelo acolhimento do adulto constroem vínculos seguros e têm maior propensão a apresentar comportamentos positivos, como empatia e espírito colaborativo.
2 - Desenvolvimento físico, emocional e relacional
O vínculo com o adulto é fundamental para que as crianças cresçam e se desenvolvam, para serem fisicamente saudáveis, emocionalmente seguras e respeitadas como indivíduos. A construção de bons relacionamentos, nos primeiros anos de vida, auxilia a criança na construção de uma forte base, gerando valores e habilidades relacionadas à aprendizagem e às interações sociais
3 - Autonomia e independência
A brincadeira e o cuidado, associados à interação e ao vínculo, são essenciais para o pleno desenvolvimento na primeira infância. Eles são tão importantes quanto alimentar-se, tomar banho, dormir e devem fazer parte da rotina da criança. É na brincadeira que ela expressa seus sentimentos, desenvolve o autocontrole e compreende os fatos que acontecem em sua vida
Bowlby J. Attachment. New York, NY: Basic Books; 1969. Attachment and loss; vol. 1. Importância dos vínculos familiares na primeira infância: Estudo II – Núcleo Ciência Pela Infância
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